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CURIOSIDADES

Clara do ovo

   A clara do ovo é basicamente composta de água (90%) e proteínas (10%), sendo a ovoalbumina a mais abundante. As proteínas são moléculas longas constituídas por diversos aminoácidos, que ligam-se entre si formando um enovelado.

   Para começar, em um ovo cru as moléculas proteicas longas são enroladas individualmente. No entanto, a medida que são aquecidas e ganham energia essas ligações são rompidas e as cadeias começam a se desdobrar, um processo conhecido como "desnaturação".

     Depois de desdobradas as proteínas interagem e se religam uma as outras, formando uma grande rede tridimensional, prendendo água em seu interior e fazendo com que a clara solidifique. Esta nova estrutura deflete a luz e, assim, a clara que era inicialmente transparente e aquosa torna-se branca e sólida.

     OBS: Além do calor, outros fatores também podem causar a desnaturação proteica, como alteração do pH e uso de detergentes e solventes orgânicos. Se adicionarmos álcool ao ovo, por exemplo, podemos ver que sua clara sofre o mesmo efeito de quando aquecido.

Proteínas enoveladas no ovo cru sofrendo a desnaturação, seguida pelo processo de agregação.

Cortar cebola

      As células das cebolas são ricas em enzimas chamadas alinases.

    Ao serem cortadas, essas células se rompem e liberam seu conteúdo, que mistura-se e reage com outras substâncias da cebola. Diversas reações acontecem em um instante resultando em um composto chamado de sulfóxido de tiopropanal (ou sin-propanetiol-S-óxido).

     Esta molécula é muito pequena e leve, o que torna a substância muito volátil. Assim, o gás chega ao nosso nariz e aos nossos olhos e causam irritação.      Portanto, como um mecanismo de proteção os neurônios sensoriais fazem as glândulas lacrimais produzirem as lágrimas em uma tentativa de retirar a substância irritante.

Estrutura do sulfóxido de tiopropanal

Café

     A primeira substância que nos vem em mente quando falamos de café é a cafeína.

          Esta molécula, um alcalóide do grupo das xantinas, está presente nas sementes, frutos ou folhas de inúmeras plantas, onde muitas vezes atua como pesticida natural. Esta substância pode ser extraída de diversas formas até chegar ao consumo humano para os quais é considerada como estimulante.

         Sua molécula se parece muito com a molécula de adenosina, que age no sistema nervoso central reduzindo a atividade motora, diminuindo a frequência respiratória, induzindo o sono, aliviando a ansiedade, etc.

         Portanto, após a ingestão, a cafeína liga-se aos receptores de adenosina no sistema nervoso central (SNC), impedindo a ligação da molécula real de adenosina. Isto inibe a regulação negativa mediada pela adenosina e, desta forma, todas as funções citadas acima são, de certa forma, “impedidas”.

       Este agente também promove a libertação de neurotransmissores que estimulam ainda mais o SNC, o que resulta na famosa sensação de atenção e alerta potencializados pela cafeína.

      É importante lembrar, no entanto, que estes efeitos variam, em duração e intensidade, de pessoa a pessoa, dependendo de fatores genéticos, fisiológicos e de tolerância.

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